quinta-feira, 10 de julho de 2008

Alencar??

Ela entrou no salão, quando ainda (ou já) estava-se no meio da festa.
Um longo preto, longe de ser básico, era o que trajava. Um ou dous efeitos de maquiagem para realçar o que tem de mais bela, não para parecer o que na verdade não é.
Chegou sozinha. Minto! Chegou acompanhada. Acompanhada de anjos nos ombros, carregando-a no andar, pois a forma como o fazia era mais que um simples andar.
Na entrada do salão ficou a virar sutilmente a cabeça de um lado para o outro, como que procurando alguém - embora tenha para mim que era para que todos pudessem contemplá-la.

Avistou alguma coisa e foi nessa direção - não na minha, não tenho sorte em nada, muito menos com mulheres. Encontrou-se com algumas amigas, não eram feias, mas incomparáveis à dama em questão. Cumprimentou-as com delicados beijos na face e um sorriso magnífico. Sentou-se ajeitando o vestido.

Na hora da valsa, alguns mancebos tentaram tirá-la para a dança, não aceitou os primeiros, por desdém ou por desconhecê-los. Aceitou um rapaz alto, não muito magro e nem muito belo, o motivo é desconhecido. Dançou algum bom tempo com ele até que se fatigou. Pediu ao garçom que levasse-lhe água na mesa em que retornara. Arriscar-me-ia tentar tirá-la para dança também se a cena que via não estivesse tão única. Como que já satisfeita pela valsa, pos-se a dialogar com as companheiras de mesa e, a cena a qual me refiro, com sorrisos largos e lindos o fazia. Não gargalhava, apenas um ou outro sorriso com graciosos gestos de alegria, os quais pela leveza e simpatia agradavam-me bastante.

Ao fim da festa, parecia que acabara de chegar.

R. de G.