segunda-feira, 31 de março de 2008

ego versus especulum

Acordei. Olhei-me no espelho. De forma espetacular o espéculo refletiu uma imagem turva, embaçada. Esperei, na esperança da imagem de tornar nítida. Esperando, ia pensando no espaço. Espaçosamente ia me espreguiçando. Nada, o especulum continuava confuso. Confusamente, perguntava-me o porque daquilo. Suei, soei, (assoei?). Sem mais esperanças, dei as costas ao ser de vidro. Fiquei vidrado por não ter conseguido ver a minha pessoa à minha frente, será que teria alguem na minha frente e a imagem se desfazia por esse motivo? Será que foram aqueles meus "amigos" espirituais com os quais me encontrei em Mariana, a uns dois anos atrás? Depois que os vi, passei a neles acreditar. Quando virei de costas para o objeto de silício, olhei de repente (e nao ''derrepente'') para trás, na esperança de que me visse como sou acostumado a me ver. Inania actum. Saí de perto, fui para perto, para um lugar apertado, apertando a mim mesmo, com o coração (quanto pieguismo) apertado. Apressando para me distanciar dali, fui buscar uma compressa com pressa. Talvez estivesse eu delirando. Sonho não era, pois, por mais que delírio fosse, era definitivamente um delírio real. Drogado, dopado, "viajando'', também não! Acabara de acordar, e por mais que quisesse (e mesmo se eu fizesse uso dos ''tóxicos") era a minha pessoa impossível de fazê-lo. Pensei, esperei, especulei, penso que encontrei a resposta. Sim, quando descobrimos o segredo, sempre nos autoconsideramos tolos, ou um bonzo. Era desTe o segredo. Brincar de ser lenhador e ler muitos machados talvez fosse a razão daquela viagem sobre-natural natural. Fui até o vestíbulo, onde se encontrava a minha farda, não militar, era também verde, mas não era do Exército, pelo menos não de alguma força nacional. Era do exército dos que lutam com as palavras, e fazem destas as suas armas. Era uma farda verde, com detalhes em ouro. Dizem que só veste essa roupa pessoas que participam de uma casa no Rio de Janeiro, localizada na Av. Presidente Wilson. Uma casa que: tem um coelho que não poderia nela estar e que foi construída a machados. Enfinces, vesti-me de tal vestimenta. Voltei ao espaço onde o ser inanimado me desanimou. Agora sim, era eu. A imagem estava nítida. Mesmo tímido me olhei nos olhos. Aquele era, definitivamente, eu!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ganhei um ótimo exemplo...

Às vezes faço comentários que as pessoas me contestam. Algumas vezes me convencem de que estou errado, mas não raro, elas discordam de mim simplesmente por pieguismo. Falando coisas do tipo ''nossa, credo, mas que coisa ruim".

É, estou longe de ir para o sél, mas que posso eu fazer se penso algumas coisas diferentes do chamado ''comum''. Todo esse rodeio é para dizer uma vez que falei com alguem, que nao me recordo quem era agora, que nao tem muito problema em se sujar (um pouco) algum lugar ou alguma coisa. Por exemplo na escola, quem nunca rabiscou uma carteira? Quem nunca pediu o "corretivo'' (em Fabriciano tem outro nome) em forma de caneta para escrever o proprio nome na cadeira? Nao ha muito mal nisso, assim estamos garantindo um emprego. Afinal, as faxineiras sao pagas para isso, se nao sujarmos, nao precisaremos de alguem para limpar. Dessa forma, uma vaga de emprego deixará de existir. Nao estou dizendo para sairmos pichando o que vemos pela frente, pelo contrario, civilizacao inclui limpeza, em todos aspectos, mas um nome escrito a lápis na madeira nao faz mal algum. Esse argumento eu já usei, mas hoje no elevador da Biblioteca, encontrei com o sr. da faxina ele sorridente me disse ''pronto, terminei'', como nao temos muita coisa para dizer no elevador eu disse ''é, o povo fica pondo a mao no espelho né?!", e o motivo pelo qual estou escrevendo o que estou escrevendo é justamente a resposta que o sr. me deu ''é, mas se ninguem por a mao e nao sujar, nao precisariam de mim para limpar"...

(caso 'venérico')

sexta-feira, 21 de março de 2008

O peixe e o senhor...

Os registros antigos gregos, da Grécia, registram registrados nos papéis, uma anedota que será dita a seguir em seguida:

Conta esta anedota cômica hilária, que um senhor, um dominus, um idoso mais velho, queria pescar peixes marinhos do mar, mesmo nunca tendo feito isso antes- pois só pescara peixes dulcícolas de água doce. A seguir, comprou algumas caras varas de pescar, para a sua caçada sob as águas - mesmo que ele fique sobre a água. Adquiriu também um barco mono-motor de um motor só. Quando estava tudo certo para a sua atividade ele percebeu que estava tudo certo para a sua atividade, e a sua atividade, então, ele foi realizar. Escolheu um lago -de água adocicada - para fazer o pretendido. Pegou a sua cara vara na mala, introduziu no anzol um anelídeo, desses que são encontrados sob debaixo da terra. Quase tudo pronto, faltava arremessar às águas a sua cara vara que lhe custou caro. Fez um movimento magnífico, digno de ser filmado, fotografado e exposto em todos os museus de arte, mas ninguém estava ali para isso. Com o verme embaixo d'água, o nosso querido adorável velhinho começou a atrair para perto alguns seres que ali habitavam - afinal, seu objetivo era esse bem como a meta. Houve uma árdua batalha no reino aquático da lagoa para ver qual seria o ser do reino Piscis que abocanharia com a boca a sua presa. O mais forte ganhou, inacreditavelmente. Com um só golpe afastou para longe de si todos os seus concorrentes que concorriam com ele na disputa, e com outro golpe envolveu o anzol com sua bocarra que Zeus lhe deu. Outra batalha haveria de ocorrer. Agora saberíamos quem era o mais forte, se o nosso protagonista principal ou o nosso Hércules sub-aquático. Ao sentir a sua cara vara sendo puxada para baixo, na direção que puxa a gravidade, o intrépido senhor iniciou a puxada da sua cara vara, a fim de trazer para o barco o seu troféu, pois estava afim de comer peixe na santissima semana. Homero que me perdoe, mas tal batalha foi tal, que talvez nem Aquiles tivesse coragem de enfrentar, foi uma guerra incessante sem fim. O animal puxava para um lado, o animal para o outro, era tão animalesco os animais em disputa que merecia ser registrada em registros gregos, da Grécia. O mamífero ia com a cara vara, o peixífero não dispondo de outro meio mecânico, valeu-se apenas de sua boca, vental ou frontal, desimportante, para na sua tentativa de tentar vencer seu oponente. Talvez dias se passaram nessa epopéia, quando finalmente, o mais forte finalmente venceu saindo com a vitória. Este olhava para seu adversário derrotado que perdeu com um certo ar de quem venceu uma batalha napoleônica. O ser de pêlos venceu o de escamas. Aquele olhando para este já eu seu barco mono-motor de um motor só derrotado, fatigado, sentiu algo que nunca havia sentido com o sentimento. A sensação do dever cumprido. Registrou isso em sua memória, talvez fosse capaz de contar até para seus trinetos, mesmo que, por uma desventura, ele sofresse de Alzheimer. Sentado na proa da frente em seu barco, refletiu bastante. Sabia que ele era o vencedor, mesmo que ninguém mais soubesse. Assim sendo, pegou o seu vencido e o jogou de volta para o mar. Após isso, pegou novamente sua cara vara e a lançou majestosamente ao lago, uma batalha começou a trava-se sob o barco, quando um peixe forte, venceu os oponentes e conseguiu abocanhar com a boca o anzol..
R. de G. _______21/03/2008 02:54am

sexta-feira, 14 de março de 2008

A uma senhora que me pediu versos

Pensa em ti mesma, acharás
Melhor poesia,
Viveza, graça, alegria,
Doçura e paz.

Se já dei flores um dia,
Quando rapaz,
As que ora dou têm assaz
Melancolia.

Uma só das horas tuas
Valem um mês
Das almas já ressequidas.

Os sóis e as luas
Creio bem que Deus os fez
Para outras vidas.

Joaquim Maria Machado de Assis

Nota: Homenagem - singelíssima - à pessoa do cabeçalho.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Elegia à meninice

Quando criança, era pequeno.
Quando pequeno, já era grande.
Na grandeza de uma infância pequena,
menos infeliz sou hoje.

Nada contra as crianças.
Aliás, depois de conhecer uma árvore,
as vejo de outra forma.
Mas que formas a árvore tinha!

Prefiro o meu eu de hoje,
porque hoje sei poucas coisas.
O que é melhor do que nada saber
e tudo sofrer.


terça-feira, 11 de março de 2008

Como assistir TV

A tv, apesar de quadrada, é uma invenção melhor que a roda. maneira correta de usá-la é nao dormir muitas horas por dias.Pois bem, acordando as 6:0, voce tera inumeros jornais de qualidade para assistir. Nada melhor do que começar o dia sabendo da desgraça alheia. Quando for umas 8 ou 9 horas, têm-se vários tipos de programas. Voce pode aprender a fazer receitas que nunca fará, pode saber da vida dos artistas, ou pode ainda, assistir a desenho animado. Na hora do almoço, almoce em frente ela. Assim não perderá as noticias de esporte e o principal, saber qual a nova contratação do Corinthians para roupeiro. À tarde, poderá assistir aquele velho, velho e bom filme e torcer para o loiro forte não ser pego pelo tubarão. Aos intervalos, procure mais noticias sobre o que os ex-BBB's estão fazendo. No final da tarde, nao deixe de assistir um gordo da antena, o que dá antena. Esse sim é um dos melhores programas para se assistir, pois esse é deveras sabido e querido pelo povo e a voz do povo é a voz do adeus. À noite, também se tem variada programação. Voce pode ficar mais religioso, assistindo pregações. Se nao for fanático religioso, pode optar entre ver o fascinante universo das telenovelas ou saber de mais algumas mortes. Por volta das 21:00, vc nao, de novo, tem opcao. Terá que assistir a novela das 8. Pois se decidir pelo pior, que é sair de casa, você estará por dentro do assunto em QUALQUER lugar.